quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Núcleo da Terra pode ser diferente de tudo o que já se viu


Experiência mostra que óxido de ferro possui propriedades elétricas peculiares sob alta pressão e temperaturas elevadas.

(fonte: Google imagens)

Um dos principais componentes do núcleo da Terra, o óxido de ferro surpreendeu um time de cientistas do Carnegie Institution for Science ao apresentar um comportamento inesperado. Após ser submetido a pressões e temperaturas extremas, o material mudou o grau de condução elétrica.
Quando submetidos a condições similares às apresentadas no interior da Terra, boa parte dos elementos apresenta grandes mudanças em suas propriedades, as quais estão sempre acompanhadas de alterações na estrutura do material.
O que surpreendeu os cientistas foi o fato de o óxido de ferro manter sua estrutura intacta e, ainda assim, apresentar alterações significativas em suas propriedades eletromagnéticas. Essa descoberta pode ajudar a compreender melhor como o interior da Terra dá origem ao campo magnético do planeta.

Como a experiência foi feita
Em laboratório, a equipe do Carnegie Institution for Science submeteu o óxido de ferro a pressões que chegam a 1,4 milhões ATMs (pressão atmosférica da Terra) no nível do mar e a temperaturas de 2.200 ºC, condições similares às encontradas nas camadas mais inferior da Terra.
O que eles descobriram foi que o material pode funcionar tanto como isolante quanto como condutor apenas alterando a pressão e a temperatura. Utilizando simulações de computadores para entender o que estava acontecendo com os elétrons do material, o grupo obteve resultados que mostram um novo tipo de metalização.
Mesmo misturado com magnésio (composição básica do manto terrestre), o óxido de ferro continua a conduzir eletricidade. O fato desse material se comportar como um metal significa que ele liga eletricamente o núcleo da Terra às camadas superiores. Isso afeta bastante a maneira com a qual o campo magnético do planeta é gerado.
Embora muitas outras perguntas tenham surgido com essa descoberta, a ciência está cada vez mais perto de compreender o que realmente acontece nas camadas mais inferiores do nosso planeta

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