Experiência mostra que óxido de ferro possui propriedades elétricas peculiares sob alta pressão e temperaturas elevadas.
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(fonte: Google imagens) |
Um dos principais componentes do núcleo
da Terra, o óxido de ferro surpreendeu um time de cientistas do Carnegie
Institution for Science ao apresentar um comportamento inesperado. Após ser
submetido a pressões e temperaturas extremas, o material mudou o grau de
condução elétrica.
Quando submetidos a condições similares
às apresentadas no interior da Terra, boa parte dos elementos apresenta grandes
mudanças em suas propriedades, as quais estão sempre acompanhadas de alterações
na estrutura do material.
O que surpreendeu os cientistas foi o
fato de o óxido de ferro manter sua estrutura intacta e, ainda assim,
apresentar alterações significativas em suas propriedades eletromagnéticas.
Essa descoberta pode ajudar a compreender melhor como o interior da Terra dá
origem ao campo magnético do planeta.
Como a experiência
foi feita
Em laboratório, a equipe do Carnegie
Institution for Science submeteu o óxido de ferro a pressões que chegam a 1,4
milhões ATMs (pressão atmosférica da Terra) no nível do mar e a temperaturas de
2.200 ºC, condições similares às encontradas nas camadas mais inferior da
Terra.
O que eles descobriram foi que o
material pode funcionar tanto como isolante quanto como condutor apenas
alterando a pressão e a temperatura. Utilizando simulações de computadores para
entender o que estava acontecendo com os elétrons do material, o grupo obteve
resultados que mostram um novo tipo de metalização.
Mesmo misturado com magnésio
(composição básica do manto terrestre), o óxido de ferro continua a conduzir
eletricidade. O fato desse material se comportar como um metal significa que
ele liga eletricamente o núcleo da Terra às camadas superiores. Isso afeta
bastante a maneira com a qual o campo magnético do planeta é gerado.
Embora muitas outras perguntas tenham
surgido com essa descoberta, a ciência está cada vez mais perto de compreender
o que realmente acontece nas camadas mais inferiores do nosso planeta
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